Como o próprio nome já diz, energia solar é uma energia que é proveniente do SOL. Primeiramente, precisamos entender que existem vários tipos de energia: energia elétrica, energia térmica, energia mecânica, dentre outras, cada uma delas com sua função e característica. Desta maneira, a energia solar é proveniente da luz e do calor do sol, podendo ser transformada em diversos tipos de energia, conforme a tecnologia utilizada para esta conversão.

* Energia Solar Térmica

A conversão se dá para a energia térmica, que pode ser utilizada para aquecimento de água, aquecimento e refrigeração de ambientes ou processos de geração de calor.

* Energia Solar Fotovoltaica

Através do efeito fotovoltaico, os raios de sol são transformados diretamente em energia elétrica.

Através das famosas “placas” fotovoltaicas, a luz do sol é transformada em energia elétrica, porém, na forma de corrente contínua. Como a grande maioria de nossos aparelhos e máquinas utilizam a corrente alternada para funcionar, é necessário que um dispositivo realize essa conversão. Este dispositivo é chamado de Inversor. Depois de transformada em corrente alternada, a energia das placas está pronta para ser utilizada por nós, então, só precisamos conectar este Inversor em um de nossos quadros elétricos e, a partir daí, a energia ficará disponível para as nossas cargas.

A energia que não é utilizada por nós, pode ter dois destinos básicos: ser armazenado em baterias ou ser jogado na rede elétrica da concessionária de energia. As usinas solares que utilizam bateria são chamadas de OFF-GRID e as que são conectadas à rede, são chamadas de ON-GRID.

Atualmente as normas brasileiras preveem a conexão de usinas do tipo ON-GRID, ou seja, onde a energia excedente é diretamente jogada na rede da distribuidora. Esse tipo de geração recebe o nome de GERAÇÃO DISTRIBUÍDA, pois já fica próximo aos locais onde esta energia será consumida, não precisando viajar longas distâncias.

* Módulos fotovoltaicos: responsáveis pela conversão direta da luz do sol em energia de corrente contínua. Também são chamados de placas solares.

* Cabos CC: são responsáveis pela condução da energia de corrente contínua até o inversor.

* Estruturas de fixação: são responsáveis pela fixação dos módulos no telhado ou solo, fazendo com que as placas fiquem firmemente presas e seguras.

* Stringbox: quadro que abriga as proteções de corrente contínua como dispositivos de proteção contra surto CC e chaves seccionadoras. Alguns inversores possuem essas proteções internas e, por isso, o uso das stringboxes pode ser dispensado nesses casos.

* Inversor: Responsável por transformar a energia de corrente contínua em alternada.

* Cabos CA : são responsáveis pela condução da energia de corrente alternada até o quadro elétrico CA e medidor.

* Quadro elétrico CA: local onde os cabos de corrente alternada são ligados às suas proteções elétricas, tais como dispositivos de proteção contra surto CA e disjuntores.

* Medidor de energia: dispositivo que mede toda a energia consumida e a energia excedente (não utilizada diretamente pelas cargas) proveniente da usina solar.

Ao final do mês, a conta de energia a ser paga seguirá uma das seguintes opções:

a. Caso a energia consumida seja igual ou inferior a energia injetada: custo de disponibilidade + diferença de ICMS entre as parcelas TUSD fornecida e TUSD injetada + taxa de iluminação pública.
b. Caso a energia consumida seja superior a energia injetada: diferença entre a energia consumida e a injetada + diferença de ICMS entre as parcelas TUSD fornecida e TUSD injetada + taxa de iluminação pública.

Como funciona o Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE) ?

O SCEE foi regulamentado pela ANEEL através das Resoluções Normativas Nº 482/2012 e Nº 687/2015 e, mais recentemente, pela Lei de Nº 14.300 de 6 de janeiro de 2022.

Em linhas gerais, o SCEE estabelece que a energia consumida será compensada pela energia injetada na rede, independente do valor da tarifa de energia e respeitando os postos tarifários.

Podem aderir ao SCEE os consumidores de energia regulada, pessoas físicas ou jurídicas e suas respectivas unidades consumidoras, desde que a central geradora não tenha sido objeto de registro anterior em outra forma que não seja Geração Distribuída.
Existem algumas possibilidades de usufruir desse sistema, sendo elas:

* Microgeração ou minigeração distribuída com geração local ou remota;
* Integrantes de empreendimentos com múltiplas unidades consumidoras;
* Com geração compartilhada ou integrantes de geração compartilhada;
* Caracterizados como autoconsumo remoto;

Atenção: em todos os casos em que a usina abastece mais de uma unidade consumidora, a energia que será destinada as unidades externas será apenas a excedente, ou seja, apenas o que restar, depois de compensada toda a energia consumida da unidade consumidora onde está instalada a usina.

Nenhuma conta de energia pode ser zerada, pois sempre teremos que pagar o custo de disponibilidade à distribuidora mais a diferença do ICMS das parcelas TUSD fornecida e TUSD injetada mais a taxa de iluminação pública (que é arrecadada para a prefeitura de cada município). O custo de disponibilidade existe independente da energia solar. Quando você possui um consumo abaixo do consumo mínimo faturável em um determinado mês, ainda assim pagará o custo de disponibilidade à distribuidora, mesmo não tendo energia solar.

SIM! Energia Solar é um INVESTIMENTO. Você pode chegar a uma redução mensal de até 95% do valor de sua conta, sem falar no tempo de retorno do investimento que, na maioria dos casos, fica em torno de 3 anos. Além disso, ao gerar sua própria energia, você “congela” a tarifa de energia e, assim, os aumentos tarifários e as bandeiras tarifárias serão aplicadas apenas ao seu custo de disponibilidade, e não mais a todo o seu consumo.

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